Entrevistas

Curiosidades...

*Nome completo: Vanessa Lóes Pereira de Mello
Nome Artístico: Vanessa Lóes
Aniversário: 26/11/71
Signo: Sagitário    
Ascendente: Câncer
Local de Nascimento: Rio de Janeiro (RJ), e nasceu no Leblon, na clínica São Marcelo, por volta das 7 da noite, toda a gravidez de Vanessa até o nascimento foi fotografada pela revista Pais e Filhos.  
Horário do nascimento: 20:45hs
Idade em que começou a trabalhar profissionalmente: Como atriz,aos 24 anos.
Mas aos 18 trabalhava como modelo.
Pais: Dilma Lóes e Victor Adacto Pereira de Mello
A família descende de:Portugueses/Baianos/Espanhóis/Irlandeses/Italianos. Ufa!
Países em que já morou:Espanha,Portugal,USA,Japão,Itália.
Perfume: RUSH 2 da GUCCI e DREAM da GAP
Assiste na TVFriends,programas de entrevistas,documentários e filmes.
Comida: Strogonof e saladas.
Bebida: sucos, vinho tinto.
Tentação:Brigadeiro quente na panela e sorvete haagen-dazs de morango.
Cantora: Betânia,Elba,Marisa Monte, Macy Grey
Cantor: Gil,Chico,Djavan, Eagle Eye Cherry
Grupo: Beatles,The Cors, Orishas...
CD: A Trilha sonora do filme “Amelie Poulan”
Atriz: Vou falar da minha geração, adoro o trabalho da Andréa Beltrão.
Ator: Selton Mello.
Filme: Um que marcou a minha infância foi “Noviça Rebelde”.Fui 18 vezes ao cinema.
Livro: Conheci a pouco tempo uma escritora chamada Lya Luft.Estou lendo um livro seu de poesias  chamado “Secreta Mirada”.
Música: Adoro tudo!MPB.Música clássica também.Rock,Blues,Jazz.
Mania: Só durmo com o pé para fora da coberta.
Hobbie: Adoro fotografar e pintar.De vez em quando também faço umas velas ou invento outras coisas. Gosto de exercitar minha criatividade e fazer trabalhos manuais.
Apelido de infância: Pupuca
Qualidade: Lealdade!
Defeito: Ansiedade.
Medo: De perder a minha liberdade.
Motivo de orgulho: Sou dona do meu nariz!
Presente que tem vontade de receber: Uma música, composta pelo Chico Buarque.
Personagem que mais gostou de interpretar: Ismênia,era uma trapezista de circo.Foi num filme chamado “O caso Morel”.
Personagem que gostaria de interpretar: Mulheres fortes! Uma guerreira,uma personagem que lute,monte à cavalo... Também pode ser uma prostituta, uma perseguida política... Personagens intensas. E épicas!Adoro personagens de época. No teatro,eu tenho muita vontade de fazer um musical. Adoraria dançar e cantar em cena.   
O que não faria nem por um milhão de dólares na profissão: Umpf!!Só recebendo a proposta para dizer.
Dia ou noite? Por quê?  Dia.Adoro!Ah,tem o sol!!!
Viver junto ou separado: Junto! Com amores,com família,com amigos...Mas também gosto de ficar sozinha.Algumas vezes sinto necessidade de ter um tempo só para mim.
O que gosta de fazer no tempo livre: Gosto de mergulhar,andar à cavalo.Adoro viajar,conhecer pessoas novas,aprender coisas.Também gosto de ficar em casa, reunir os amigos e jogar buraco. E festa! Adoro dançar.
Uma coisa que adora: Plantas.
Uma coisa que detesta: Barata!
O que corta o seu barato: Me sentir podada.Preciso de liberdade!
Homem interessante?Por quê? O meu!!
Mulher interessante?Por quê? A minha amiga Martinha.Ela é estilista da Maria Bonita.Além de ser talentosa e linda ela tem borogodó.                  
Seu melhor amigo ou amiga:Tenho alguns amigos muito queridos.Pessoas muito especiais. Mas a amiga mais presente é a Marcela.Nos falamos todos os dias,várias vezes,sobre todos os assuntos possíveis e estamos sempre juntas.Como se não bastasse,gostamos das mesmas coisas,somos parecidas fisicamente e no telefone as pessoas sempre confundem nossa voz.
Melhor viagem que você já fez: Quando tinha 20 anos viajei para a Europa e fiquei morando lá durante 6 meses.Fui meio sem destino,sem saber ao certo o que iria acontecer.Conheci tantos lugares diferentes,tanta gente interessante,trabalhei em coisas tão inesperadas...Foi muuiiito bacana! Essa viagem foi especial.
Maior diversão: Adoro uma boa viagem.Sempre me divirto um monte!
Maior encanação: Fico muito assustada com o rumo que o mundo está tomando. Muita desigualdade,muita ganância,intolerância,violência.
Religião: Sou Espiritualista!
Família: Tenho uma família linda!Pequena,mas muito gostosa.
Infância: Aproveitei demais!Soltava pipa,corria descalça no mato e brincava de cabana nas árvores lá no meu sitio em Mar do Norte.Sempre fui moleca.
O que veste:Nada muito justo nem muito curto.O que me fizer sentir confortável.
Exercícios: Quando faço,gosto de fazer Yoga e natação.De vez em quando também caminho na praia e ando de bicicleta.
Um ponto fraco: Morro de cócegas na barriga.
Se pudesse ser outra pessoa seria: Seria eu mesma,apenas mudaria alguns detalhes...



*Como você desconfiou que estava grávida? Teve enjôos como sua mãe? Sentiu mais sono? Ou foi só com o atraso menstrual? 

Sempre fui super regrada, minha menstruação vem a cada 26 dias. Quando, no final de setembro, atrasou alguns dias, logo desconfiei de que poderia estar grávida.
Eu e Thiago queríamos muito ter um filho, mas constatar que aquilo que sempre foi um projeto finalmente podia estar prestes a se tornar bem real, me fez sentir um enorme frio na barriga. É que a vida inteira eu tive muito medo de ser mãe. Em primeiro lugar, medo por mim: de perder a minha liberdade, a minha independência, de não suportar a pressão da responsabilidade e do novo ritmo de vida que eu precisaria ter com um filho. Em segundo lugar, pelo bebê: tinha medo de não corresponder às expectativas e às necessidades dele, de não ser uma mãe tão dedicada e atenciosa como ele precisaria, de não conseguir ser tão presente por causa do meu trabalho, nem tão paciente.

Hoje entendo que esse medo todo surgiu não por eu me achar incapaz, mas, sim, pelo enorme desejo que eu tinha de ser uma supermãe e me cobrar tanto isso.
Bom, o fato é que veio o tal frio na barriga misturado com uma enorme alegria e uma superansiedade de saber logo se estávamos mesmo dando o “passo definitivo” de nossas vidas. Desde o primeiro dia, dividi com o Thiago o que estava acontecendo, por isso compartilhamos cada minuto de expectativa até que a notícia se confirmasse. Fiz um exame de sangue para saber se estava grávida. Alguns dias depois, pegamos o resultado por telefone, no viva-voz, para ouvirmos a notícia juntos. O atendente do laboratório, do outro lado da linha, foi bem claro e direto: “POSITIVO! DEU POSITIVO!”
Levamos até um susto. Ficamos ali durante um tempo, nos olhando, olhos arregalados! Mudos, estáticos, sorrindo. Em seguida, rindo muito. De alegria, de susto, de medo…

Sua mãe engravidou de você logo após o casamento. Você casou grávida. Como avalia essa mudança de comportamento?
Na época da minha mãe era tudo bem diferente... Houve uma grande mudança comportamental desde os anos 70 até hoje. Liberdade sexual... Os tempos são outros, é verdade. Uma noiva que se casa grávida, hoje, já não choca, não escandaliza... Aceita-se o fato. Mas ainda há quem torça o nariz. Quando eu e Thiago decidimos morar juntos, tínhamos planos de nos casar. Só depois pensaríamos em engravidar. Acontece que nunca parávamos para marcar a data e organizar a festa... O tempo foi passando, e o desejo de termos um filho foi se tornando maior e mais urgente. Decidimos, então, não esperar pelo casamento. Mas Thiago queria casar antes de o bebê nascer, por isso, quando tivemos a confirmação de que eu estava grávida, marcamos o casório!
Fiz questão de marcar a data para quando já estivesse bem barriguda. Nada de disfarçar a gravidez! Ao contrário, eu queria mais era mostrar o meu barrigão pra todo mundo. Estava realizada com meu filho no ventre, casando com o pai dele, o homem que eu amo. Na minha opinião, não havia nada mais bonito e significativo do que nós três juntos no altar e eu queria mais era que todos pudessem ver essa beleza toda e compartilhar aquele momento com a gente.
Além disso, acho mulher grávida a coisa mais linda e eu estava me sentindo o máximo! Nos casamos no nosso sítio, na beira do rio. No lugar onde sempre desejamos ver nossos filhos crescerem. Foi mágico! E não teria sido tão especial se Gael já não estivesse com a gente.

Você sentiu muito enjôo no começo, como sua mãe? Em que situações? Como controlou?
Minha gravidez inteira foi muito tranqüila! É verdade que o primeiro trimestre é bem chatinho, por conta dos enjôos, mas, em comparação com minha mãe, os meus foram superleves. Só me incomodavam certos cheiros. Eu fiquei com o olfato superapurado e isso realmente me causou desconforto! Perfume perto de mim, nem pensar! Entrar em um supermercado nessa fase virou uma aventura! Eu sentia, ao mesmo tempo, o cheiro de todos os produtos que estavam ali. Era uma loucura!! Só vomitei uma vez, depois de comer almeirão roxo, que eu adorava, mas, depois disso, nunca mais consegui comer.

Também houve umas transformações. Por exemplo: sempre tive dentes sensíveis a gelado, mas, durante a gravidez, passei a adorar morder gelo e não doía nada.
Já a minha experiência com essa história de desejos foi bem estranha… Passei a gravidez sem ter nenhuma vontade incontrolável, mas, já na reta final, passando na rua por um desses caminhões que prepara cimento, senti o cheiro de pó de obra, e pronto, foi a minha perdição: Eu ENLOUQUECI de desejo de comer pó de obra. Podia ser cimento, gesso, giz… qualquer coisa que tivesse aquela textura de pó bem fininho. Me controlei durante um mês inteiro, para não comer nada que pudesse fazer mal ao bebê, mas, quando já sonhava com isso e salivava só de imaginar, me dei conta de que maisena tinha essa mesma textura. Resultado: foram quase duas caixas até o dia do parto. Eu imaginava que era cimento e botava pra dentro! Comia a maisena seca, de colherada. Sim, porque o meu desejo era pela textura do pó fininho e o cheiro de obra, não pelo sabor. Eu não engolia, porque, na primeira vez que fiz isso, passei mal. Então, eu mastigava bastante aquele pó e depois cuspia.

Brigou com o Thiago por conta dos humores de grávida como sua mãe conta que brigou com seu pai? Como a gravidez interferiu no relacionamento do casal? Conte algum episódio/cena curiosa, terna, engraçada que lembre.
Brigamos, sim, mas muito pouco. Thiago estava atento às minhas variações de humor, àquelas irritações repentinas que grávidas têm, e não deixava as discussões irem adiante. Na verdade, por causa da gravidez, nós dois aprendemos a controlar nossos temperamentos fortes e entramos na fase mais tranqüila e gostosa do nosso relacionamento. A gente passou a respeitar mais as nossas diferenças, a ouvir mais o outro, a ceder mais... A gravidez passou e essa transformação positiva permaneceu. E isso foi muito legal! Foi uma das muitas coisas boas que Gael nos trouxe.

Com que médico você fez o pré-natal? Qual foi o exame mais moderno que fez? Quando fez o primeiro ultra-som, qual foi a sensação? Quando descobriu o sexo? Qual foi a sensação de ouvir o coração a primeira vez?
O meu obstetra foi o Dr. Julio Cezar Alzuguir, que eu conheci por meio de amigas minhas. O Dr. Julio já tinha feito o parto de pelo menos cinco delas, e eu sabia que ele era super a favor do parto normal, além de expert no manuseio do fórceps (que acabou sendo necessário no nascimento do Gael). Ele foi excelente comigo! Durante toda a gravidez fez um acompanhamento bastante cuidadoso, além de estar sempre disponível para conversar e esclarecer todas as minhas dúvidas. No parto, me deixou muito tranqüila e segura.
Os exames de pré-natal mais importantes foram feitos por médicos indicados por ele. Foi assim que conheci o Dr. Eron, aos três meses de gravidez, quando fui fazer a “translucência nucal” (exame que indica se existe possibilidade de o bebê ser portador de algum tipo de síndrome). Eu e Thiago adoramos o Dr. Eron e, a partir de então, passei a fazer todas as ultra-sonografias com ele. Acompanhar todo o desenvolvimento do bebê no útero sempre com o mesmo médico foi ótimo!

Foi nesse mesmo exame que soubemos que o bebê que estávamos esperando era um menino. Nossa, eu fiquei muito feliz! Eu queria muito ter um filho. Mas fiquei bastante surpresa, porque achava que primeiro viria uma menina. Não sei por que eu achava isso. Talvez por influência do Thiago que, desde o início do nosso namoro, falava na filha linda que a gente ia ter um dia, parecida comigo... Essa filha já era muito presente em nossa vida, de tanto que falávamos nela e, por isso, levamos um susto com a notícia de que teríamos um menino.
Mas eu adorei a idéia! Naquele momento, passei a sentir alguma coisa diferente. Apesar de ser ainda um embriãozinho, ainda tomando forma, ele passou a ter uma identidade, e isso começou a fazer diferença.
O Thiago, quando começou a imaginar todos os programas que iria fazer com o filho (principalmente ir com ele pro Maracanã torcer pelo Mengão) e que um irmão mais velho pode proteger melhor a irmã caçula, passou a amar a idéia de ter um menino primeiro.

O Thiago foi comigo a todos os exames que fiz. Ele fazia questão de estar presente e tinha sempre várias perguntas a fazer. Estávamos juntos na primeira ultra, quando ouvimos o coraçãozinho do Gael bater pela primeira vez. Como batia rápido!
Me lembro que ficamos ali, de mãos dadas, meio inertes, olhando para o monitor onde brilhava aquele borrãozinho de apenas 6 milímetros de diâmetro, com batimentos cardíacos frenéticos.
Tinha vida pulsando dentro de mim!
E por mais que eu soubesse exatamente o que tínhamos feito para aquilo estar acontecendo, não conseguia assimilar muito bem a situação, não dava para acreditar que era de verdade. Sei lá... fiquei meio boba.

Quanta diferença de hoje para quando minha mãe estava grávida de mim... Na época, ela foi uma das primeiras brasileiras a fazer uma tal de ultra-sonografia, que vinha a ser um equipamento “ultra moderno” onde não se via nada, mas se ouviam os batimentos do coraçãozinho do bebê. E só! Havia dois aparelhos desses no país.
Hoje em dia, a gente faz a ultra-sonografia 4D, que foi o exame mais moderno que eu fiz. A gente vê o bebê, em cores, dentro do útero. Acompanha cada movimento dele, vê se boceja, se põe a mão na boca... É incrível! Vê até os traços do rosto dele bem definidos. Quando o Gael nasceu, eu vi que ele era realmente igual ao que a gente via na ultra 4D.

Sua mãe fala de um regime especial que fez. Você teve acompanhamento de nutricionista? Fez alguma dieta especial? Que exercícios fez? 
Logo no início da gravidez, procurei um nutricionista. Queria ter a alimentação mais rica e saudável possível, para o melhor desenvolvimento do bebê. A vida inteira fui muito magra, por isso, controlar o peso não era a minha preocupação e, sim, a saúde dele. O dr. Leonardo Hauss me passou uma dieta à base de carne branca, hortaliças, raízes, frutas e cereais. Completamente sem gorduras e açúcar. Foi bem difícil no começo, mas eu me sentia tão bem de estar proporcionando o melhor para o meu filho, que logo ficou mais fácil. Bom, nos finais de semana eu me permitia umas guloseimas “extras”. Mas, nesses dias, eu comia sem culpa. Sentia prazer, ficava feliz e achava importante me proporcionar esses momentos também!
Aliás, esse foi meu foco principal, minha filosofia de vida durante a gravidez: estar feliz, sentir prazer! Tinha certeza de que meu filho sentiria também todas as boas sensações que eu tivesse. E era tão legal passar isso para ele! Por exemplo: eu vivia dançando em casa e imaginava que ele estava dando risadas no útero, adorando aquele balanço gostoso. Era uma curtição!

Logo que fui liberada pelo dr. Julio para fazer exercícios, no fim do terceiro mês, voltei para a natação e passei a fazer caminhadas e bicicleta. Fazia tudo duas vezes por semana. Com seis meses e meio, troquei as pedaladas pela yôga com a professora Maria Augusta, que há anos faz um trabalho especial com gestantes. Também fiz drenagem linfática até um mês antes de parir. Parei quando já não tinha mais posição para deitar na maca e receber massagem, porque me faltava o ar.
Bom, apesar de todos os cuidados com a alimentação e os hábitos saudáveis, eu engordei 15 Kg. Quatro deles por retenção de líquido. Nossa, como eu fiquei inchada nos dois últimos meses!

Qual foi o primeiro presente que o bebê ganhou? Quem deu?
Uma ursinha de pelúcia dado pela minha tia Tania logo no comecinho da gravidez. A mesma tia que assistiu ao meu nascimento e escreveu a carta de que minha mãe fala no diário de gravidez dela. É que ela achava que eu teria uma menina…

Quem deu o carrinho? Quando chegou?
Eu e Thiago aproveitamos a viagem de lua-de-mel e, na volta, fomos até Nova York comprar o enxoval do bebê. Sabíamos que lá havia os produtos mais modernos, além de ser tudo muito mais barato do que no Brasil. Eu me empolguei comprando as coisinhas dele, era tudo tão lindo! Chegava a me sentar no chão das lojas com o Thiago, escolhendo entre as dezenas de opções e a variedade enorme de modelos de carrinhos, mamadeiras, roupinhas... Voltamos pro Rio carregados.

Por ter sido uma das últimas a engravidar entre as minhas amigas, eu recebi muitas dicas a partir da experiência delas, o que facilitou bastante as nossas compras.
Escolhemos o carrinho Pliko Pramette, da Peg-Pérego. Ele reclina em várias posições até deitar completamente e, portanto, pode ser usado desde o nascimento até ele ser maior. Também fecha em guarda-chuva e é bem leve, o que facilita muito transportá-lo.
Porém, quando voltamos pro Rio, a marca Infanti nos deu de presente, dentre outras coisas, um carrinho muito legal! Ele é um triciclo que tem as rodas bem grandes e um sistema de amortecimento que diminui a trepidação, ou seja, superútil para passear nas ruas esburacadas do Rio de Janeiro. Também tem várias inclinações e, além disso, vem com um bebê-conforto que pode ser acoplado nele. Bem diferente do carrinho que minha mãe usou...

Teve algum momento em que você se sentiu feia, como sua mãe conta? Usou roupas de grávida ou adaptou roupas “normais”? O que fazia para se sentir mais bonita?
Sempre gostei de roupas mais larguinhas, então consegui aproveitar muita coisa durante a gravidez. Lá pelo quinto mês, comecei a não caber mais nas minhas roupas. A essa altura, já não tinha mais o corpo magrinho de antes, mas ainda não havia também uma barriga bem aparente, então comecei a me sentir meio feia. Usava minhas calças com o zíper aberto e colocava umas blusinhas compridas por cima. Um horror! Crise de guarda-roupa total! Até procurei umas roupinhas de grávida em lojas especializadas, mas não gostava de nada, achava tudo supercareta! Foi então que uma loja de São Paulo chamada Zazou me mandou umas peças de presente que eu amei! Eram umas roupas superbonitas, modernas. Passei a ter tanto prazer em me vestir, me sentia tão bem...! Logo depois, a barriga cresceu e apareceu e eu adorava exibi-la por aí!

Em que momento sentiu que começou a amar a criança? Sua mãe fala que isso aconteceu com ela por volta do sexto mês. Com você, como foi?
Assim como minha mãe, comecei a sentir os movimentos do Gael por volta do sexto mês. Eu já estava ansiosa para isso acontecer porque, desde o início do quinto mês, todos me perguntavam se eu já o sentia mexer e diziam que isso já deveria estar acontecendo.
Quando comecei a perceber os movimentos dele, o que eu sentia era como se houvesse bolhas de ar dentro de mim. Fui reclamar com o Dr. Julio que eu estava com uns gases muito esquisitos e ele então me explicou o que era. Aos poucos, esses gases foram se transformando em pequenos movimentos suaves até que viraram pernadas e cotoveladas bem definidas.
Ele se mexia tanto, que às vezes a minha barriga ficava completamente torta. E ele tinha soluço também. Muito! Eu chegava a ficar angustiada, porque demorava muito tempo pra passar.

Mas essa fase é o máximo! Foi quando eu percebi que o que eu sentia pelo bebê, começou a se tornar mais profundo.
Eu já podia senti-lo dentro de mim, e isso fez toda a diferença!
Passei a me sentir mais ligada a ele, o elo se tornou mais forte.
De repente, já não precisava mais esperar pelos dias de exame para saber dele. Eu sentia o Gael se mexendo dentro de mim e sabia que ele estava bem. Isso era muito mágico!
Também comecei a interagir mais com o bebê.
Passei a conversar mais com ele (mesmo que fosse em pensamento – algumas vezes eu me sentia meio ridícula de falar em voz alta), colocava músicas para ele ouvir, fazia carinho na barriga...
Nessa fase a “ficha caiu” realmente.

Você ouviu muitos conselhos durante a gravidez? Qual foi o mais útil? E o mais inútil? Eles atrapalharam mais ou ajudaram mais?
Tenho amigas muito próximas, com quem eu me identifico muito, e que já tiveram filhos. A essas amigas, eu mesma pedi algumas dicas e foi ótimo ouvir as experiências delas. Me ajudou muito a estar tranqüila durante toda a gravidez, pois, quando passava por uma determinada situação, já sabia que aquilo fazia parte do processo, que todas as grávidas passam por aquilo e, então, enfrentava tudo com naturalidade.
Fora as dicas do dia-a-dia: o creme que melhor funcionou com elas para evitar estrias; melhor clínica para ultra-sonografia com plano de saúde; os cursos de pré-natal que eram legais de fazer...

Mas é incrível! Todo mundo tem um conselho, uma sugestão pra dar quando estamos grávidas ou recém-paridas! Foi muito difícil lidar com isso. Principalmente depois que Gael nasceu. Vem um e diz: “usa cinta ou essa sua barriga não volta pro lugar”. O outro diz: “de jeito nenhum, sua musculatura precisa trabalhar, não usa!” Um diz: “que ótimo, você só dá leite materno pra ele. É a melhor coisa, supre todas as necessidades do bebê, não dê mais nada até os 6 meses”. O outro diz: “que absurdo, você precisa dar água e chazinho, ele sente sede!” Urgh!!! Todo mundo se mete na sua vida, é um saco!! Ainda bem que eu já sabia da experiência da minha mãe com isso e filtrei bastante os palpiteiros de plantão.
Eu e Thiago decidimos seguir exclusivamente nossos instintos. Claro que tem muita coisa com a qual a gente não sabe como lidar. Mas, nesses casos, a gente se informa e faz do nosso jeito. E tem funcionado muito bem assim!

Em que momento escolheu o nome do bebê? Foi idéia de quem? Por que esse foi o nome escolhido? Vocês ficaram em dúvida entre muitas opções? Como decidiram no final?
Eu e o Thiago tínhamos algumas opções de nomes, mas nenhuma delas
era muito especial. Não conseguíamos nos decidir por um, então eu comecei a achar que o próprio bebê escolheria o seu nome em algum momento. Fiquei esperando ter um sonho ou intuir de alguma forma.
A gravidez foi evoluindo, os meses foram passando e nada do nome vir...
A gente leu livro de nomes, lia o crédito inteiro de todos os filmes a que assistia em busca de uma inspiração, procurou na internet nomes de outras origens...
De repente, por diferentes motivos, passamos a deparar constantemente com a cultura celta, e isso começou a chamar a nossa atenção.
O Thiago então resolveu procurar nomes celtas.

Quando ele chegou a Gael, eu já estava com oito meses de gravidez.
Eu adorei a sugestão! Significa Pégasus, o cavalo alado. Gael também é nome de anjo. A essa altura, nossas principais opções eram Théo e David. Ainda tivemos muita dificuldade em optar por um dos três, pois os outros nomes já estavam entranhados na nossa cabeça. Na reta final, Thiago deixou que eu escolhesse.
Depois que nasceu, Gael ainda ficou uma semana sem ter um nome.
Hoje tenho certeza de que fizemos a escolha certa. O nome dele é lindo e original. Suave, mas tem personalidade. Assim como ele.

Sua mãe fez uma cesárea porque não havia dilatação. Você planejava um parto humanizado. Por que fez essa opção?
Sempre quis um parto normal. Sou a favor de tudo acontecendo da forma como foi criado pela natureza para acontecer. Com a menor interferência humana possível (a menos que seja realmente necessário). No curso da Stephanie Sapin-Lignieres fiquei conhecendo o parto humanizado e me identifiquei imediatamente. Uma boa música tocando baixinho para receber nosso filho, pouca luz, nada de ar-condicionado gelado, meu filho vindo para o meu colo ainda com o cordão umbilical, que seria cortado pelo pai, mamando logo que nascesse, não limpar a pele dele no primeiro dia e deixá-la absorver o vérnix naturalmente. Enfim, uma série de coisas que podem ser feitas para tornar o parto menos traumático para o bebê. Mas sem radicalismos. Não teria em casa, por exemplo, a não ser que houvesse toda a estrutura. Se eu não sentisse necessidade de tomar anestesia, ok.

Se sentisse, ok também. Durante toda a gravidez, torci muito para conseguir fazer o parto normal. Mas, quando me aproximei da 40ª semana, e o Dr. Julio mandou que eu me depilasse para o parto, eu me preparei tanto para o normal quanto para a cesariana, caso fosse necessário. Não fiquei me martirizando com aquela possibilidade. Importante mesmo era o meu filho nascer com saúde! E deu tudo certo! Meu parto foi maravilhoso, exatamente como eu gostaria que tivesse sido!

Nossa, que emoção indescritível. Acho que foram os minutos mais impactantes da minha vida. Eu estava sentada na maca, fazendo força, trabalhando com o dr. Julio e as assistentes dele para o nascimento do Gael e percebendo toda a movimentação em volta de mim. Completamente consciente, ao contrário da minha mãe. Quando recebi meu filho nos braços, fiquei quase em estado de choque. De repente, tudo que não era o Gael ficou escuro e em silêncio. Ele era meu único foco. E passou na minha frente em slow-motion. Em segundos, eu examinei ele todo, de ponta a ponta, me certificando de que tinha nascido bem, saudável, inteiro. O Thiago diz que, naquele momento, eu mais parecia um bicho e que só faltei lamber meu filhote.
Realmente, foi bem assim que eu me senti.

Qual foi o momento mais marcante da gravidez?
Foi quando ele começou a mexer.

Qual foi a hora em que você sentiu mais medo?
Foi quando optei por não fazer o exame da amniocentese, em que se introduz uma agulha na barriga para colher o líquido aminiótico e saber se o bebê terá Síndrome de Down e outras síndromes genéticas). Existe um risco de perda da gravidez depois desse exame e eu não quis me aventurar. Mas por outro lado, fiquei sem ter essa certeza até o dia do nascimento.

Teve alguma hora em que você sentiu vontade de rir de si mesma?
Quando tinha uns ataques de mau-humor e, em função disso, falava uns absurdos. Cinco minutos depois, eu me acalmava e ria dos meus destemperos, porque eles realmente não tinham nenhuma razão de ser!

Uma coisa que você descobriu sozinha e que ninguém tinha te contado...
Estar grávida é mágico! Saber que estou gerando um bebezinho... Meu corpo está cheio de vida, me sinto linda, leve, iluminada. Mas nem tudo são flores. O intestino para de funcionar bem, no final eu mal consigo respirar, não tenho posição para dormir, a coluna dói demais... Mas isso ninguém fala.

Você acha que é melhor ser mãe agora ou nos anos 70?
Acho que se tornou muito mais fácil ter um filho hoje do que era nos anos 70. Desenvolveram tantos produtos que tornam nosso dia-a-dia prático... A minha mãe e a Marilene, minha sogra, ficam encantadas com algumas engenhocas modernas que não existiam na época delas como a babá-eletrônica, o protetor de seio (que protege nossas roupas do vazamento de leite enquanto amamentamos) e a concha (que além de armazenar o leite que vaza, alivia a dor quando o bico do seio está rachado).
Mas, de todas as facilidades que nós temos hoje e de que nossas mães não tiveram a felicidade de usufruir, a mais fundamental, na minha opinião, é a fralda descartável.
Bendita invenção!! Só falta desenvolverem um material ecologicamente correto.

Minha mãe conta que eu tinha umas 60 fraldas de pano, porque a cada xixi a fralda precisava ser trocada. No caso da minha sogra, o trabalho era dobrado, porque eram dois filhos pequenos em casa, e ela não tinha babá. Imagine?!! Quantos xixis e cocôs um bebê faz por dia? A coitadinha passava praticamente o dia inteiro lavando, estendendo e passando fraldas e roupas sujas. Definitivamente, nós, mães dos tempos modernos, temos de reverenciar nossas mães e agradecê-las todos os dias por toda a dedicação que tiveram com a gente porque, de verdade, não era mole não!

Por outro lado, me parece que ser mãe nos anos 70 era muito mais tranqüilo, quando não havia tanta violência e crianças podiam brincar com muito mais liberdade. De qualquer forma, ser mãe é maravilhoso! Vai ser sempre, em qualquer época.

O que aprendeu com a gravidez?
Aprendi a ser menos ansiosa, a saber esperar. Me tornei mais paciente e mais tolerante. Também aprendi a tirar um pouco o foco de mim mesma, estou menos egoísta.


O dia a dia da mamãe Vanessa Lóes
Mãezona assumida, Vanessa Lóes faz questão de estar sempre presente ao lado dos filhos. E assim como fez com Gael, de 2 anos, pretende fazer com Cora, de 1 mês. "Procuro acompanhar meus filhos em todas as suas atividades. Sempre que possível eu estou por perto, seja na escola, no lazer, em casa... Quando menos esperamos, surge uma oportunidade de educar, transmitir valores, dar amor...", 
Como você é como mãe? É brava, calma, superpreocupada, mais tranquila...

- Sou extremamente carinhosa! Eu me derreto toda com eles, vivo beijando, me declarando... Mas quando preciso ser mais dura, eu sou. É importante eles entenderem que existem regras, limites. Eu dialogo muito com o Gael, procuro sempre fazer ele entender o porquê das coisas.

- O que a maternidade te deu? Falo sobre as mudanças na personalidade depois que se é mãe.

- Meu foco mudou. Algumas coisas deixam de ser tão importantes. Outras passam a ter muito mais valor. Acho que a maternidade me deixou mais generosa. Junto com meus filhos também veio uma maturidade mais tranquila, segura.

- Como é sua rotina de mãe? O que faz questão de fazer com seus filhos?

- Procuro acompanhar meus filhos em todas as suas atividades. Sempre que possível eu estou por perto, seja na escola, no lazer, em casa... Quando menos esperamos, surge uma oportunidade de educar, transmitir valores, dar amor... Pode acontecer a qualquer momento! E quero ser eu a estar ali e fazer isso por eles. Além disso, tenho um prazer enorme de estar com meus filhos! Adoro fazer todo tipo de programa com eles. Buscar o Gael na escola, por exemplo, é delicioso. Não tem preço ver a carinha de alegria que ele faz quando vem saindo e vê que eu estou lá, esperando por ele.

- A gravidez de Gael te deixou mais tranquila em relação à gestação da Cora ou o friozinho na barriga foi igual?

- A experiência adquirida na primeira gestação proporcionou segurança e serenidade na segunda. Mas é claro que cada gravidez é bem diferente da outra...

- Você e o Thiago optaram pela ajuda de babás ou preferem cuidar das crianças sozinhos?

- Desde que o Gael nasceu temos uma pessoa que nos ajuda. Em alguns momentos nós damos conta de cuidar sozinhos dos nossos filhos, em outros a ajuda dela é fundamental.

- Thiago é paizão e ajuda nas tarefas como trocar fraldas, dar banho?

- Thiago é um pai bastante presente e participativo.

- Quando engravida você fica preocupada em voltar logo ao peso de antes? Faz algum tipo de dieta, exercícios?

- Eu me preocupo em estar saudável, bem disposta, feliz! Nadei e fiz yoga durante as duas gestações e procuro manter uma dieta que proporcione aos meus filhos se desenvolverem fortes e com saúde, tanto na gravidez quanto durante a amamentação.

Quando pretende voltar ao trabalho? Tem projetos?

- Não tenho intenção de voltar ao trabalho agora. Eu tive o privilégio de poder estar muito próxima do meu filho desde que ele nasceu, e o Thiago também. O resultado disso é que o Gael é uma criança extremamente feliz, doce, segura... Quero cuidar da minha filha com a mesma dedicação.

E para finalizar, como você terminaria a frase 'Ser mãe é...'?

- ...experimentar o amor em sua forma mais sublime!

Derrepente 30...
Quando fez 30 anos, a atriz Vanessa Lóes, hoje com 34, achou que tinha de abandonar as minissaias e se tornar mais responsável da noite para o dia
30+
Assim que passou pela marca dos 30 anos, a atriz Vanessa Lóes diz que enfrentou uma certa crise.
 "Eu pensava: 'Será que vou ter que deixar de usar minissaia? Será que vou ter que ser mais responsável?' Nessa hora, a gente perde um pouco a identidade", diz. O fato é que mais uns anos se passaram e hoje, aos 34, a atriz afirma que algumas coisas realmente mudaram, mas nada foi muito radical e doloroso. Ela diz, por exemplo, que nunca gostou, e hoje gosta menos ainda, de usar roupas justas e decotadas, porque prefere se sentir confortável, mas continua não tendo nada contra as mínis, que não foram banidas do seu guarda-roupa. O jeito de encarar a vida, que ela garante ser sem muito planejamento, é que mudou um pouco. "Agora, quero correr atrás de meus projetos e não só aceitar o que me oferecem", diz. "Quero ter a liberdade de trabalhar por prazer e não por dinheiro."

Para ter essa liberdade de escolha, ela já está até providenciando uma renda paralela. Em agosto, virou sócia da marca carioca de lingerie Verve e vai abrir uma loja no Rio, Design da Barra, neste mês. "Sempre gostei de fazer coisas fora de minha área." A nova carreira, ressalta, só não pode atrapalhar a de atriz, que diz ser sua verdadeira paixão. Contratada recentemente pela Rede Globo, mas ainda não escalada para nenhum trabalho, Vanessa fez recentemente a série "Avassaladoras", exibida pela Rede Record até março deste ano e pelo canal pago Fox, no qual ainda é reprisada frequentemente. "Foi uma experiência muito boa. Além da novidade de serem pessoas de cinema em um projeto para a televisão, o universo abordado, o das mulheres de 30 anos, com suas crises e incertezas, foi interessante para mim."
Quero ter a liberdade de trabalhar por prazer e não por dinheiro
Segundo a atriz, uma coisa que sua crise dos 30 não mudou em nada foi o seu jeito de encarar a beleza. Ela até se cuida, mas diz que não é e nem nunca foi fanática. Exercício, por exemplo, Vanessa faz sem muita assiduidade. "Fico meses parada, meio sedentária, aí volto a fazer alguma coisa por um tempo. Agora estou na natação e no pilates", conta. "Não tenho neuroses, faço as coisas enquanto estou curtindo. Quando não dá, paro sem culpa." Os cuidados com a pele também são sazonais, quando há algum problema, como uma mancha de sol. "No dia-a-dia, só lavo o rosto com um sabonete para evitar espinhas."

A alimentação segue mais a linha saudável porque ela garante que adora saladas e arroz integral. Mas a atriz também gosta de pizza e sanduíche do McDonald's e afirma que não se priva de nenhum prazer da mesa, porque simplesmente não precisa. "Não me preocupo em fazer dieta", diz. "Meu tipo é de pessoa magra [tem 1,73 metro e 56 quilos], embora não seja mais tanto quanto era na juventude. Já fui modelo e era magérrima."

Outra coisa que a atriz afirma ter mudado foi o seu jeito de encarar as coisas do amor. Não só pela idade, mas porque mudou o tipo de relacionamento que mantém com o ator Thiago Lacerda. Depois de cinco anos e meio (entre idas e vindas) de namoro, os dois decidiram morar juntos há um ano e meio. "Em um casamento, lidamos com as diferenças e as manias e, por inexperiência ou imaturidade, acabamos atropelando o outro, achando que nossas opiniões e gostos têm que prevalecer", afirma. "Com a convivência, aprendemos a ceder um pouco, a nos relacionarmos de forma mais generosa e democrática."
Bate-e-volta
Que roupa usava aos 20 e continua usando hoje?
Vestidões longos e largos.
Que cuidados de beleza não poderão faltar nunca?
Tratar da pele quando há uma necessidade.
Que atitude pega bem em qualquer idade?
Espontaneidade.
Que programa fazia aos 20 e continua fazendo hoje?
Jogar buraco.
Qual é a sua música de hoje e sempre?
Todas do Chico Buarque.
Que livro não saiu mais da sua cabeceira?
"I-Ching" (oráculo chinês consultado para previsões e autoconhecimento, com diferentes edições no Brasil e no mundo).
O que não pode faltar na sua vida, em qualquer idade?
Amor.
Qual é o prazer que não tem idade?
Estar com os amigos.

Entrevista Com Vanessa Lóes.
01. Antes de atuar, você foi modelo e chegou a cursar Desenho Industrial na faculdade, mas não terminou. A veia artística falou mais alto, né?
Pois é! Quando comecei a atuar todas as outras atividades ficaram em segundo plano.
Eu adoro o meu trabalho! Até tentei resistir, pois a inconstância da profissão me assustava, mas não teve jeito. Eu adoro atuar!
02. Cinema, TV ou teatro. O que você prefere? Por quê?
Gosto muito dos três, mas meu preferido é o cinema. Adoro o processo de trabalho em cinema e é o veiculo que mais me emociona.
03. Você começou sua carreira na televisão em 1995, com a minissérie “Engraçadinha” e depois vieram outros papéis em novelas e minisséries, todas na Rede Globo. Em 2000, você “mudou de casa”. Foi para a Rede Record e ganhou seu primeiro papel como protagonista, na novela “Marcas da Paixão”. Você acha que o reconhecimento do seu trabalho veio com esse papel?
Acredito que o meu trabalho vai sendo reconhecido a cada personagem que interpreto, mas meu trabalho já era reconhecido antes e por isso mesmo fui convidada para trabalhar na Record. Protagonizar uma novela foi algo que a Globo nunca havia me oferecido. Acho sim que a Record valorizou o meu trabalho mais do que a Globo, pois sempre me ofereceu os melhores papéis. Agora, o reconhecimento do público sempre é muito maior quando se faz um trabalho na TV Globo. O público brasileiro ainda está muito condicionado a assistir a programação da Globo. Não tem o habito de usar o controle remoto.
04. De todas as personagens que você interpretou, qual tem mais a ver com você?
A que estou fazendo agora. Laura, de Avassaladoras. A personalidade, os ideais e os valores da personagem são muito próximos dos meus. Mas eu gosto muito mais de interpretar personagens diferentes de mim.
05. A Rede Globo sempre monopolizou a teledramaturgia no país. Hoje, há uma competitividade com outras emissoras, como a Record, Bandeirantes e SBT, que abriram espaços nos seus horários nobres para novelas. Quem sai ganhando com essa “guerra”?
Todo mundo! Com a competitividade ganharemos qualidade nas produções de todas as emissoras que tentarão constantemente se renovar e superar as outras e os profissionais terão seus salários valorizados e maior oferta de trabalho.
06. Em janeiro de 2006, a Record e a Fox estrearão, em seus respectivos canais, o programa “Avassaladoras – A Série”, baseada no longa-metragem de Mara Mourão, de mesmo nome, na qual você interpretará a designer Laura. No país da novela, você acha que esse gênero (série) tem espaço na televisão brasileira?
Sem dúvida. Temos séries que fazem ou já fizeram muito sucesso como é o caso de A Grande Família, Malu Mulher, Os Normais, Armação Ilimitada, Mulher. E a temática de Avassaladoras é super interessante. Falar do universo feminino e todos os nossos questionamentos, interesses, descobertas, desejos, sentimentos tão diversos e ambigüidades que nos avassalam certamente vai interessar a muita gente. Apesar de não ser novidade, o assunto é muito atual. E é um sitcom (sem a platéia), ou seja, tudo isso levado com muita dinâmica, humor e leveza. Do jeitinho que o público brasileiro gosta. Acho que vai ter espaço para a gente sim.
07. É comum ocorrer de um filme virar seriado e de um seriado de sucesso virar filme. Porém, TV e cinema possuem uma linguagem diferente. De acordo com o jornalista Alexandre Coelho, do site Terra, em seu artigo “Filmes e seriados migram da TV para o cinema”, a diferença de linguagem costuma ser a maior dor de cabeça para quem se aventura numa dessas adaptações. Você teve alguma dificuldade para se moldar a nova linguagem?
(rs) Boa pergunta. Em Avassaladoras estamos todos tendo uma certa dificuldade na adaptação das duas linguagens. Temos trabalhado literalmente no meio das duas. Mas o processo é bem mais de cinema do que de televisão. O que significa que é bem mais trabalhado, elaborado e, conseqüentemente, mais lento, rende menos. Por um lado isso é muito bom, eu como atriz, adoro. Mas exige uma concentração muito maior. E disponibilidade também. Principalmente porque um filme se faz em semanas e este programa será feito durante meses. Mas a minha maior dificuldade está em encontrar o tom certo de fazer comédia e a dinâmica desejada pela diretora para dar o ritmo do sitcom.
08. Fale um pouco de sua personagem na série “Avassaladoras”, a designer Laura.
Laura é uma mulher romântica, pé no chão, que chegou aos 30 anos com o desejo de encontrar o homem de sua vida, casar, ter filhos. Ela está determinada a encontrar esse homem e vai acabar vivendo aventuras engraçadíssimas com sujeitos errados, na tentativa de encontrar o certo. É uma mulher bem sucedida, descolada, inteligente, mas um tanto quanto insegura diante dos homens. E tem três amigas inseparáveis para quem está sempre disponível e com as quais confidencia e compartilha tudo o que acontece em sua vida.

Papeando com Vanessa

1.*. Você tem planos para depois dessa novela?
* Primeiro lugar férias, vou viajar um pouco.
* Quando voltar tenho alguns projetos na área de   teatro que estão começando a se concretizar.

2.*. Qual foi o papel que mais marcou sua carreira?
* Olha é difícil dizer um só.
* Cada personagem teve a sua importância.

3.*. Você é tão preocupada com a aparência como Branca?
* NÃO! Gosto de me sentir bem comigo mesma, mas não com essa fixação que a Branca tem. Nem de longe!!

4.*. Como você faz para manter a forma?
* Eu gosto de fazer exercícios ao ar livre.
* Andar de bicicleta, andar a praia.
* Faço ioga e dança, mas sem essa de culto ao corpo. Faço pelo prazer.

5.*. Você gosta dos bastidores da novela?
* Quando a gente está gravando uma novela acaba passando tanto tempo com as pessoas envolvidas naquele trabalho e frequentando os estúdios, que aquilo passa a ser a sua família e a sua casa durante um tempo. É muito gostoso quando tenho a oportunidade de estar envolvida com pessoas bacanas.
* Em Sabor da Paixão eu dei muita sorte. O ambiente de trabalho é muito legal.

6.*. Como você reage ao assédio dos fãs?
* Quando o assédio é proveniente do carinho e reconhecido do meu trabalho é super gratificante...

7.*. Você tem alguma simpatia ou coisa do tipo antes de gravar uma cena?
* Não, só aqueço a voz. E quando a cena pede mais emoção tento me concentrar ao máximo naquele sentimento.

8.*. Você gosta de interpretar vilã ou mocinha?
* Os dois são interessantes, talvez as mocinhas seja mais previsíveis e as vilãs tenham mais nuances a serem trabalhadas.
* Depende  muito do meu momento querer interpretar uma ou outra.

9.*. Você sempre pensou em ser atriz?
* Não, venho de uma família de artistas e a inconstância da profissão me incomodava muito quando eu era pequena, cheguei a pensar seriamente em fazer Desenho Industrial porque adoro desenhar, mas depois não tive como escapar pois descobri que é o que eu gosto.

10.*. Você era modelo antes de ser atriz?
* Era, trabalhei durante uns quatro anos como modelo.

11.*. Já fez cinema?
* Fiz um filme chamado O Caso Morel, onde interpretava uma trapezista de Circo, foi um dos trabalhos mais gratificantes que fiz.
* Mas ainda não foi lançado e não sei quando será.

12.*. Tem algum "Sonho" que poderia me contar? Algo que ainda não alcançou.
* Um não, vários, tenho vontade de fazer um curso de interpretação ora do Brasil, sinto que pode ser em breve.

13.*. Você prefere trabalhar em minisséries ou novelas?
* São diferentes, minissérie é uma obra fechada, sabendo o desfecho da história fica mais fácil compor o personagem.
* Na novela temos uma troca maior com o autor pois vamos criando juntos o destino daquele personagem, mais gosto das duas.

14.*. O papel da Pietra foi importante pra você?
* Foi importantíssimo, foi a primeira novela que eu fiz, foi onde eu tive certeza que era isso que eu queria fazer.

15.*. O que você faz nas horas vagas?
* Estar com os amigos, praia, cinema e viajar, é o que mais gosto de fazer.

16.*. Sua avó é a atriz Lídia Mattos, como é ser neta dela?
* Uma delícia, antes de ser uma ótima atriz é uma super avó maravilhosa, carinhosa, amável !!!

17.*. Vanessa você tem irmãos? Como é a sua relação com eles?
* Tenho um irmão chamado Antônio que tem 19 anos, ele é uma das pessoas mais especiais que existem na minha vida.


Vanessa Lóes na Ilha de CARAS
Ela volta a atuar após 4 anos dedicada aos filhos

Dedicação quase integral aos filhos. Assim vinha sendo a rotina de Vanessa Lóes (39) desde que se tornou mãe de Gael (4) e Cora (1 ano e 3 meses), da união de quase onze anos com Thiago Lacerda (33). Mas essa fase está prestes a mudar. Com o recente fim do contrato com a Globo, a atriz não vê a hora de tocar seus projetos e voltar ao batente. “Acabou o presente de estar em casa com as crianças e contratada ao mesmo tempo. No momento, quero mesmo é retomar meus planos de teatro e cinema que ficaram parados nos últimos quatro anos. Não vou esperar sentada um convite, pretendo colocar a mão na massa. Até então, meu coração se sentia pleno na companhia deles. No entanto, a situação mudou. Sei que não serei menos mãe por causa disso e continuarei tendo a mesma dedicação. Amo minha profissão, nunca pretendi abandoná-la”, explicou Vanessa, na Ilha de CARAS. “O fato de em breve ter que ficar mais distante deles não me apavora. Nunca tive medo da vida. Tenho noção da educação que eu e Thiago damos aos nossos filhos. Não queria que eles fossem criados pela babá. Por isso, fiz absoluta questão de estar à frente e participar totalmente do cotidiano deles. Mas agora preciso pensar também na carreira”, afirmou. A retomada já começou. Em abril, ao lado do marido, ela participou da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, Pernambuco, onde interpretaram Jesus e Madalena. Vanessa também já gravou o seriado Acampamento de Férias 3, com Renato Aragão (76), com exibição prevista para outubro. “Renato é um ícone da infância. Achei bom voltar em um trabalho ao lado dele, ainda mais agora que tenho dois filhos”, explicou ela, que já havia atuado com o humorista em O Guerreiro Didi e a Ninja Lili.
– O que as crianças acrescentaram ao seu casamento?
– Cumplicidade, sem dúvida. Agora, temos mais coisas unindo, um elo que não se rompe jamais. O amor multiplicou, deu frutos.
– Que tipo de pai é Thiago?
– Sabe trocar fralda, dá banho, comida. É parceiro, brinca, ensina, pega na escola, na natação, faz tudo, é um superpai. Mas sabe também dar bronca quando precisa. Agimos com sensatez, até porque nem sempre os dois estão presentes. Thiago trabalha muito, fica mais ausente do que gostaria. Então, não posso ser a boazinha que não se impõe.
– Vocês estão juntos há mais de dez anos. Há uma fórmula?
– Sempre respeitamos nossa intimidade e particularidades. Acho que esse é o segredo para dar certo, tanto um com o outro quanto com o externo também. O que é nosso é nosso, seja o espaço ou o tempo e a gente vive aquilo com solidez. Isso sustenta a relação.
– Pretendem ter mais filhos?
– Engraçado, nunca foi meu sonho de vida ser mãe. Quando era mais nova e imaginava o futuro, minhas atenções não se voltavam para uma criança. Com a chegada dos filhos, descobri que a maternidade é a melhor coisa do mundo. Me lembro que, quando manifestei alguma vontade engravidar, preferia um menino. Realizei esse desejo de cara com Gael. Depois senti necessidade de ter mais um, e Corinha chegou. Um casal é bom, equilibra. Estou realizada, satisfeita. Se lá na frente achar que cabe um terceiro, ele virá, mas no  é um assunto conversado.
– E você já retomou a atividade física após a maternidade?
– Estou com filha pequena, respeitando meu momento com ela. Não estou preocupada em retornar à academia, nem com o corpo. Porém, recentemente, voltei para a natação e tenho andado de bicicleta, sem neuras ou obrigações. Faço para me sentir bem. Não tenho problema de ter uma celulitezinha ou outra. Faz parte. Não sou o tipo de pessoa que fala “ah, vou botar botox porque caiu um pedaço da minha bochecha ou da boca” (risos). Está muito bom desse jeito.
– Não é muito vaidosa então?
– Minha vaidade não é maior do que a praticidade. Não perco muito tempo na frente do espelho nem passando creme. Não sou essa pessoa. Tenho preguiça. Minha vontade de viver e fazer coisas fala mais alto. Aos 60, vou continuar assim. Não tenho problema com idade. E sou de fases. Se a pele fica ruim, vou a um dermatologista, me empolgo, compro cremes e passo por duas semanas. Na terceira, começo a esquecer um ou outro e na quarta já não passo nada. Não tenho loucura com a vaidade.
– Mas você enfeita a Cora...
– Cora é bem feminina, com ela tenho essa coisa de arrumar. Não de transformá-la em uma boneca, não gosto disso, de bebezinhos com laçarotes e aqueles vestidos. Minha filha anda de fralda, à vontade. Mas despertou esse lado mais feminino em mim.
– Além de estar com os filhos, o que faz para se divertir?
– Cinema, artes plásticas, viajar e conhecer outras culturas, fotografar os lugares.
– Faria uma exposição?
– Dizem que não podemos passar pela vida sem ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore. Já plantei. Está linda e enorme no nosso sítio. Já fotografei em Cuba, Marrocos, Argentina, Chile, Europa, Brasil. Até daria para fazer o livro, mas acho que não. 




  Perfil da Vanessa!

O Rio de Janeiro é uma paixão, condição ou necessidade?
Paixão e necessidade. Adoro o Rio de Janeiro, foi aqui que construí minha carreira e é aqui vivem minha família e meus amigos mais queridos.
Gosto muito da vida que levo aqui e para a minha profissão, é o lugar ideal para morar!
Eventualmente preciso me mudar para outras cidades em função do meu trabalho. E também é gostoso quando isso acontece pois eu ADORO viajar!
Mas eu sempre volto pro Rio...aqui é a minha casa!
Só que viver no Rio, para mim, não é uma condição. Acho uma pena que essa cidade tão linda esteja neste estado tão caótico de descuido e abandono, e eu ficaria muito triste de um dia precisar me mudar daqui para buscar qualidade de vida em outro lugar...
O *estilo* Vanessa é...?
Original! Não sou nem um pouco ligada a tendências de moda e grifes famosas. Fundamental para mim é usar uma roupa que eu goste e me sentir confortável sempre! Detesto me sentir presa dentro de uma roupa justa por exemplo. Às vezes gosto de estar mais despojada, outras vezes adoro me arrumar um pouco mais... Tudo depende da ocasião e do meu estado de espírito! Assim como a Laura, também adoro acessórios: bijous, chapéus, bolsas e...sapatos! Adoooro sapatos! Principalmente botas e sandálias (que uso muito).
Para você, mulher com estilo se resume a?
Mulher com personalidade! Se a mulher imprime sua personalidade no seu jeito de vestir, ela marca o seu estilo.
Chá de erva doce, cafezinho ou água de côco?
Chá de erva doce no frio, e água de côco bem geladinha no calor!

Características indispensáveis de um parceiro...
Inteligente, carinhoso, companheiro, leal, cúmplice, amigo, amante, honesto, espirituoso...
O que te relaxa?
Estar no meu sítio brincando com meus cachorros e cuidando das minhas plantas, ir à praia, tirar o dia para estar com meus amigos mais queridos e com a minha família, jogar um buraquinho com eles... Também adoro nadar e andar de bicicleta ouvindo música. E dançar! Dançar me lava a alma!
O que te irrita?
Não conseguir manter um diálogo civilizado com uma pessoa é uma coisa que me tira do sério. A ignorância e a teimosia me irritam! Também me irrito muito com injustiça. Seja comigo ou com outra pessoa. Nessas situações eu fico furiosa, perco completamente o bom senso e não sossego enquanto não reverter a questão! Também me tira do sério que tentem tirar minha liberdade.Simplesmente não posso com isso!

Um futuro bom se resume a?
Saúde e felicidade plena para mim e para as pessoas que eu amo. Realização profissional. Realização dos meus projetos pessoais.
E falando mais amplamente, poder fazer parte de um Brasil mais ativo e menos conformado
.

Cozinha bem? Quais são seus temperos prediletos?
Quebro um galho na cozinha...nada de mais. Eventualmente, cozinhar para o meu amor ou para os amigos que vão na minha casa, é uma coisa que até me dá prazer. Sou melhor fazendo saladas e sobremesas. E alguns temperos que eu adoro são alecrim, sálvia, manjericão, hortelã, páprica... Também adoro comida Árabe e Italiana.
Musculação ou caminhada na praia?
Caminhada na praia
Esotéricos te auxiliam na construção de um futuro melhor?
Sim, Astrologia! Mas não dependo disso para seguir adiante!